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Michelle Lopes

Jornalista, editora e produtora de conteúdo | Instagram: michelledlopes | www.facebook.com/lopessmichelle

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#Netflix Mais um feriadão chegou e eu sei que você quer aproveitar cada preciosa hora que tiver para seguir despertando do coma da desinformação. Não é? Eu sei que você quer sentar e assistir algo impactante para depois pensar na construção diabólica do capitalismo e em como colaborar para o fim da opressão-matança-encarceramento das pessoas negras. E por isso estou passando aqui pela sua timeline. ✨ Segura essas duas dicas: 1) "A 13ª emenda" é um documentário de Ava Duvernay que nos apresenta as origens do processo de encarceramento em massa presente nos Estados Unidos (e você conseguirá estabelecer conexões com o Brasil!). A emenda, que torna inconstitucional que alguém seja mantido como escravo, com exceção de criminosos, não garantiu a liberdade da população negra no país. Pelo contrário, tornou legítimo o aprisionamento dos corpos negros, estabelecendo a riqueza dos acusados como elemento decisivo no julgamento - quando existe - e não sua culpabilidade. Como disse Oprah: "'A 13ª Emenda' é um despertar". Recomendo fortemente! | 2) Também disponível na Netflix está a entrevista que Oprah fez com Ava Duvernay, diretora deste documentário. Como não poderia deixar de ser, é uma entrevista brilhante e amplia ainda mais a discussão sobre racismo e encarceramento em massa. Termino com uma fala importante da diretora: "Acho que é uma época arriscada e precisaremos de pessoas com um pensamento arrojado para enxergarmos um futuro. E para isso, precisamos olhar para trás". Assistam! 💜 #documentario #entrevista

"Não acho que tenhamos alternativas além de permanecer otimistas. (...) e acho que esta é uma época em que temos de encorajar a noção de comunidade, especialmente em um momento em que o neoliberalismo tenta obrigar as pessoas a pensar em si mesmas apenas em termos individuais, não em termos coletivos. É nas coletividades que encontramos provisões de esperança e de otimismo". A conversa sobre "A liberdade é uma luta constante", de Angela Davis, só me trouxe a gratidão por existir, crescer e resistir ao lado de mulheres tão incríveis e plurais. Nosso último encontro oficial do ano não poderia ter sido melhor! O Leia Mulheres Campinas volta com tudo em janeiro de 2019. 💛🌻 #leiamulheres #leiamulherescampinas

Hoje tem Leia Mulheres Campinas! Espero vocês às 19:30 no teatro da Livraria Cultura do Shopping Iguatemi para conversarmos sobre "A liberdade é uma luta constante", de Angela Davis! Vai ser lindo. ❤ #campinas #leiamulheres #leiamulherescampinas #leiamulheresnegras #angeladavis #aliberdadeéumalutaconstante #boitempo

#Netflix "Todos nós ganhamos com o fato de que existe um movimento feminista. É assim que avançamos, mantendo autonomia, mas também percebendo que é melhor encontrarmos uns aos outros. Precisamos uns dos outros, pois estamos neste planeta e estamos com problemas". É com esse apelo que termina o documentário "Feministas: o que elas estavam pensando?", dirigido por Johanna Demetrakas. Partindo de uma série de retratos de mulheres fotografadas por Cynthia McAdams entre 1974 a 1977, o documentário reúne novamente muitas delas 40 anos depois. Lily Tomlin, Jane Fonda, Phyllis Chesler, Anne Waldman, Judy Chicago e muitas outras, tão importantes para o movimento feminista desde a sua segunda onda, falam sobre terem sido fotografadas naquela época, sobre ser mulher, os desafios de sua geração e quais desafios as gerações futuras encontrarão pela frente. Belíssimo e inspirador! #feministasoqueelasestavampensando #feministswhatweretheythinking #feminismo #feminista #documentario #mulhernocinema

Já se olhou no espelho hoje e reconheceu o quanto é linda, inteligente e incrível? Bom dia, mana! 💛🌻✨| Ilustração de @amandaoleander

#leituracoletivanoclaricesemarias Antes de fazer meu clássico resumo de mais um capítulo de #calibãeabruxa, quero dizer uma coisa: este foi, sem sombra de dúvidas, um dos melhores e mais importantes livros que eu li na vida. Leiam, mesmo! Leiam, emprestem para os amigos, comprem de presente, espalhem por aí. Se organizar direitinho, amores, o povo todo vai pôr a mão na consciência e pensar como o sistema capitalista foi implementado e como o corpo da mulher, e suas vidas, passaram a ser controlado por tudo e por todos ao longo da história. É isso. Agora posso ir ao meu resumo: Silvia Federici chega ao final de seu livro fazendo um breve resgate do que foi falado - inclusive, é só ao final do livro que entendemos efetivamente o que o título quer dizer (e claro que eu não vou falar, rs). Da caça às bruxas na Europa à perseguição ocorrida nas Américas, Índia e África, terminamos o livro consciente de como isso foi implantado no corpo das sociedades colonizadas, e de como à caça às bruxas toma as mais diferentes formas ao longo dos séculos. . . "... a caça às bruxas tem sido acompanhada pela perda de posição social das mulheres, provocada pela expansão do capitalismo e pela intensificação da luta pelos recursos naturais, que, nos últimos anos, vem se agravando pela imposição da agenda neoliberal", Federici afirma na página 416. E lá na página 400, ela reforça o que ficou evidenciado ao longo de toda a obra: "Foram as mulheres que defenderam de forma mais ferrenha o antigo modo de existência, e que se opuseram com mais veemência à nova estrutura de poder - provavelmente devido ao fato de serem também as mais afetadas". Quando falo sobre resistência, é isso que quero dizer: resistimos ao longo dos séculos, resistimos contra todo tipo de opressão, de perseguição e injustiça - por todas nós e por todas as que resistiram antes. . . (Continua no primeiro comentário)

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